domingo, 5 de junho de 2011

Foto Memorial

Sempre gostei de fotografar. Mas também sempre havia a desmotivação quando a foto não saia como o desejado, ou saia bonita por sorte. Passar por essa experiência de estudar fotografia, em termos técnicos, aprender a manusear uma câmera, reanimou uma vontade enorme de fotografar o mundo. 

Com as atividades passadas em sala, e a prática na rua, a aprendizagem foi iniciada - não vou dizer concluída, porque ainda quero aprender muito sobre fotografar - e, esse blog serviu para me auxiliar nesse exercício.

Aqui fica todo o meu trabalho semestral, feito com muita devoção e vontade de aprender.
Aqui é o meu foto memorial, meus olhares, minhas tentativas de explicar como tudo estava sendo feito, enfim, é a mistura da teoria, prática e um pouco de mim.
 
Sei que agora possuo ferramentas importantes, sei como usá-las e farei isso daqui pra frente. 
 

Recorte da cidade - Cachoeira

Cachoeira - à 110km de Salvador - é uma cidade histórica que traz um peso tradicional para o país. A cidade histórica Cachoeira é tombada há muito tempo, desde 1971 o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – considerou a cidade como patrimônio histórico.
A estrutura colonial dos séculos XVII e XVIII, a linha do trem, a estação ferroviária, seus prédios e as antigas fábricas de charutos, atraem muitos turistas, afinal, o turismo é uma das principais fontes que move o mercado cachoeirano.

As fotos abaixo são apenas alguns recortes da cidade, temos o seu patrimônio arquitetônico, cênico, social, religioso, tradições, artistas e personalidades. Temos, Cachoeira.



Uma das ruas principais de Cachoeira. ISO 125 F 2.8, 1600.





Tombado pelo IPHAN, a construção ainda conserva seus traços tradicionais. ISO 200 F 2.5, 1600.



Charutos feitos à mão. ISO 200 F 2.8, 1600.


As fábricas de charuto geram muitas oportunidades de emprego, principalmente para as mulheres. ISO 200 F 2.8, 1600.



Muitos artesãos sobrevivem de sua arte em Cachoeira. ISO 400 F 2.8, 1000.


A população observa as mudanças que vão acontecendo na cidade. ISO 400 F 2.8, 1000.


Religiosidade marcante na cidade, a Irmandade Boa Morte. ISO 400 F 2.8, 1000.



Cachoeira traz a fusão do arcaico com o moderno. ISO 400 F 2.8, 1000.


Ruínas carregando o espírito junino. ISO 400 F 2.8, 1000.


O licor é a bebida tradicional da região. ISO 400 F 2.8, 1000.

O canhão simboliza a disputa pela Independência de Cachoeira. ISO 400 F 2.8, 1000.


O Rio Paraguassú, muito usado para passeios de barco e pesca. Ao fundo, a Ponte D. Pedro II. ISO 400 F 2.8, 1000.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Textura e padrão.

Na fotografia podemos encontrar um artifício que pode tornar a foto mais real: a textura. Através da luz que incide no objeto, temos o efeito de dimensionalidade, e percebemos a textura do que é fotografado.
Essa foto é da parece do CAHL, e através da rugosidade enxergamos sua textura. A segunda foto é do Rio Paraguaçú, e percebemos sua textura pelas sombras, que dá efeito de profundidade.

Parede
  

Água

Podemos identificar uma foto que tem como principal característica ser padrão através dos elementos que a compõe. Forma-se uma foto padrão quando existem vários elementos iguais - ou em sua maioria - emparelhados.
Temos como exemplo as banderolas, que enfeitam atualmente as ruas de Cachoeira. E a segunda foto, pães emparelhados, também em característica padrão.


Banderolas


Pães

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Super fusão!

Intencional ou não, a fusão causa muita polêmica no meio jornalismo, entra até na esfera da ética, se é correto ou não publicar uma foto que pode comprometer uma pessoa, famosa ou até mesmo o seu vizinho.

A fusão acontece quando duas ou mais situações ocorrem, normalmente, no mesmo ambiente, mas que não são relacionadas, e uma situação invade o espaço da outra. Essa invasão causa uma confusão com sua falta de dimensionalidade na imagem.

Todas as fusões aqui são, obviamente, intencionais e possuem a autorização das modelos Fátima Mendes e Laís Sousa.
Nessa foto - pelo menos a intenção era - de parecer que a Laís estava mexendo (?) no orelhão.



Essa foto, fiquei meio em dúvida - porque se confunde muito com a questão de perspectiva - mas, mesmo assim, assume características de fusão.




Foto só para linkar com a questão da ética. Está vendo como pode ser constrangedor ter uma foto dessas espalhada por aí? tsc tsc tsc




Essas interpessoais são bem comuns, tanto andando paralelamente, como essa, ou uma mão no momento errado, uma posição, um objeto, enfim, 'n's outras situações.




Não precisa ficar traumatizado na hora de tirar uma foto só por causa disso, mas, se acontecer - afinal, não é a coisa mais rara do mundo - tente levar na esportiva e arrume uma maneira para apagar a foto. E é isso.

Haja tempo

Com uma câmera semi-profissional, o desafio era conseguir tirar fotos com tempo/velocidade muito baixos, para conseguir captar o movimento. Como o ISO estava estipulado em 125 e abertura  (F) 8.0, captava muita luz, então procurei um lugar um pouco mais escuro para tirar as fotos, como a Estação de Cachoeira.

O ser em movimento é Fátima Mendes, e para captar apenas o seu movimento  sem  borrar a "paisagem" ao seu redor, apoiei bem firme os meus braços no meu corpo - pois qualquer movimento borraria a foto.

ISO 125
F 8.0
Tempo/velocidade: 15



ISO 125
F 8.0
Tempo/velocidade: 10



ISO 125
F 8.0
Tempo/velocidade: 5


Então, isso acontece porque quando usamos uma velocidade muito baixa, as coisas em movimento embaçam, porque o obturador demora mais captar a imagem. Quanto menor a velocidade, maior o grau de embaçamento do ser em movimento. Dessa forma, temos a sensação de movimento na foto.

Mas, se fotografamos algo que está em movimento com uma velocidade alta, como 250, por exemplo, temos a impressão que a foto está parada, congelada. Podemos até captar detalhes do que se move, porque o obturador capta rapidamente a imagem.

 Foi uma atividade muito interessante e divertida, se quiser fazer em casa, procure um lugar mais escurinho, no claro não funciona muito. Não vale no automático, sempre no manual, em galera!


domingo, 22 de maio de 2011

Conotação

Uma foto pode passar várias impressões, pode ter vários sentidos. Isso é possível através das leituras de mundo que temos. Essa mesma foto é conotativa e denotativa.
A foto está em enquadrada em plano médio, regra dos terços, foco em primeiro plano. ISO 400, Shutter 100, F 4.0.
Para explicar, temos essa foto abaixo:


Alunos que moram longe de casa para estudar tentam matar a saudade pelo telefone.

Lê-se a parte denotativa da foto: uma pessoa - usei Fátima Mendes como modelo - falando num telefone público. Uma legenda dizendo: "Moça ao telefone", seria denotativa, quase sempre redundante.
E a parte conotativa: é o que a imagem quer dizer. Através da expressão das pessoas, podemos ter noção do que está acontecendo. A sociedade que vê essa foto sabe que a pessoa está triste, pode está dando ou recebendo uma notícia ruim. A legenda "Alunos que moram longe de casa para estudar tentam matar a saudade pelo telefone", é informativa. Sabemos isso por nossas experiências de mundo.


Elementos

Na fotografia também existe elementos que dão destaque aos objetos fotografados.
Nessa atividade, o foco é mostrar esses elementos em ordem hierárquica: elemento vivo, móvel e fixo.
As fotos devem ser em regra dos terços, plano conjunto e com legenda informativa.

- Elemento vivo: pessoas, animais e plantas em destaque.

Universidade toma iniciativa ecológica no pátio.

- Elemento móvel: veículos ou fonômenos da natureza que sugerem movimento.

Em rua principal, trator circula em horário inapropriado. 

- Elemento fixo ou morto: objetos que não se movimentam, estáticos.

O futuro elevador do CAHL é usado como intervenção artística.

Nessa atividade, a dificuldade principal foi de gerar legendas informativas, pois é difícil não se tornar algo redundante. 



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Com legendas

Essa atividade aborda uma característica adicional à foto: a legenda.
Foram estipuladas para serem tiradas duas fotos:
- Foto em enquadramento Plano conjunto e regra dos terços;
- Centralizada e primeiro plano.

Ao adicionar as legendas nas fotos, podemos explicar diversas coisas. Não apenas o que as pessoas estão fazendo, porque isso seria redundante, mas explicar o contexto das pessoas, a situação atual que ocorre.

Alunas da UFRB recorrem à feira, analisam produtos e comparam os preços.

Aluna, ao escolher seu óculos, afirma: "os preços são bem mais acessíveis e, mesmo que
o material não seja muito bom, dá pra usar".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Esquecendo a estética...

... essa é uma atividade que preza pela experiência de mudar manualmente as funções da câmera.
Todas as fotos foram tiradas sem modificar a sensibilidade, ficou em ISO 800. Apenas foram alterados o shutter e o F (abertura), para notar as mudanças.
A câmera é semi-profissional, e as duplas de fotos são do mesmo objeto.

Nessa primeira dupla, foi alterada a abertura: percebe-se que a foto adquire uma tonalidade escura, isso acontece porque a abertura da câmera está pouca, então capta pouca luz. Quanto maior for o F, menos luz ele irá captar.
Shutter: 2000
F: 8.0

Essa foto, está muito clara, pois está com uma grande abertura e captou muita luz. O F sempre será responsável para dar esse efeito nas fotos, podendo  ser regulado conforme o local em que for tirada a foto.
Shutter: 2000
F: 2.8


Esse mecanismo que abre e fecha é denominado 'obturador', que controla o tempo em que a luz entra no equipamento. Quanto mais aberto, mais luz entra.

Nessa outra dupla, será alterado o tempo/velocidade, o Shutter. Não foi modificada sua abertura. É mais utilizado em fotos onde o objeto está em movimento, como esta moto. Quanto maior a velocidade, mais rápido o obturador vai abrir e fechar.
F: 4.0
Shutter: 2000



Essa função determina a velocidade do obturador. E quando a velocidade está muito baixa o obturador demora mais fechar e a tendência é o objeto em movimento sair borrado. Mas infelizmente isso não aconteceu porque o piloto parou a moto, senão, estaria borrado.
É mais usado em fotos noturnas, mas mesmo assim, corre o risco das fotos saírem tremidas.
F: 4.0
Shutter: 125

Isso tudo acontece porque quanto mais rápido for a velocidade, menos luz vai entrar pelo obturador e assim, mais escura fica a foto e vice-versa. Mas para compensar isso pode-se ser ajustados outras funções da câmera, como a abertura do diafragma e o ISO.

Regra dos terços e etc

Para realizar essa atividade, foi necessário usar de diversos componentes que montam uma fotografia.
Entre eles, são:
- Enquadramento
- Iluminação
- Foco
- Regra dos terços
- Perspectiva
- Moldura
- Simetria em geometria

E a proposta é: duas fotos com regra dos terços e mais três desses elementos acima.

Foto um: regra dos terços, primeira plano (PP), foco em primeiro plano, moldura. A mocinha é minha colega Monalisa Passos, que se encontra na regra dos terços, primeiro plano (altura até o peito) e a porta do carro como moldura.


Foto dois: regra dos terços, enquadramento plano geral (PG),perspectiva lateral, foco geral. Monalisa, novamente, agora atua em plano geral e perspectiva lateral.


Ainda enquadrando

O enquadramento de uma foto depende muito do olhar do fotógrafo. A preocupação é escolher qual parte da imagem inteira a frente que será recortada para ser enquadrada na foto.
Essa é a tentativa de uma foto em plano aberto, que enfatiza a simetria em geometria. A  geometria não é tão evidente, e sim a simetria.
Podemos utilizar vários elementos, da natureza ou não, que traçam um cenário.



A moldura também é muito característica em fotos que se querem recortar um elemento principal na foto. Para fazer a moldura, foi utilizada a janela, que dá acesso ao interior da casa.



“A composição deve ser uma de nossas preocupações constantes, até nos encontrarmos prestes a tirar uma fotografia; e então, devemos ceder lugar à sensibilidade...”
- Henri Cartier-Bresson.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Planos, apenas planos...

Essa é uma atividade de trio com Poliana Sena e Rosânia Laranjeira, na qual o desafio dessa vez era tirar fotos compreendendo todos os planos ensinados em sala de aula. Foi usada uma câmera semi-profissional e nos revezamos em ser modelos e fotógrafas.
São vários os tipos de planos:

PLANOS ABERTOS:

- Grande Plano Geral (GPG): é usado para mostrar paisagens, as pessoas na foto são irreconhecíveis. Temos aqui a vista de São Félix pela Ponte D. Pedro II.


- Plano Geral (PC): é o recorte de uma paisagem. Dá detalhes do cenário. Com personagens mais próximos, mas não recebem destaque.



PLANOS MÉDIOS:

- Plano Conjunto (PC): é o recorte na foto que situa pessoas. Coloca até quatro pessoas em destaque. Temos ai Poliana e Rosania batendo um papo.


- Plano Americano (PA): coloca uma pessoa em destaque. É considerado plano americano a pessoa sendo  destacada até o joelho.


- Plano Médio (PM): é o plano mais usado em telejornais,destacando a pessoa até a cintura.


PLANOS FECHADOS:

- Primeiro Plano (PP): esse plano se aproxima do objeto, dando destaque ao rosto. Seu enquadramento é na medida do peito.



- Primeiríssimo Plano ou Close-up: esse é um plano bem conhecido e usado corriqueiramente. Destaca as expressões, emoções do momento.


- Plano Detalhe: uma plano mais recortado (muito usado entre os jovens rs). Dá destaque ao pequeno.



sábado, 2 de abril de 2011

Perspectiva

A perspectiva é uma forma diferente de olhar para um mesmo objeto. Essa atividade tem como objetivo trazer diferentes olhares do mesmo que foi fotografado. 
Uma das características  da perspectiva é a ilusão de que o a escala de objetos varia de maior para menor dependendo do ângulo da foto.
Para exemplificar essa característica, tirei uma foto da lateral da Universidade, onde as janelas estão ordenadas. Conforme o ângulo da foto, a impressão é que as janelas diminuem no decorrer da foto.
Esse ângulo da foto abaixo foi conseguido pela janela de um apartamento em frente ao prédio.



Foto tirada de cima (janela)

Já essa outra foto foi tirada do chão. O efeito das janelas foi o mesmo.

Foto tirada do chão

Como outro exemplo, escolhi a Ponte D. Pedro II. 

Lateral

Frente

Enfim, esse é um dos efeitos que se podem ser usados para diversos fins fotográficos. Essas fotos foram tiradas com ISO 200 e Shutter 125. 


quinta-feira, 31 de março de 2011

IluminAção!


A iluminação em uma fotografia exerce uma das principais funções que compõe um conjunto para que a foto saia perfeita. Essa experiência tem como objetivo diferenciar a iluminação do que se quer fotografado, assim, variando seus efeitos. Ter esse controle da luz é algo muito importante, pois, com essas câmeras automáticas não temos o domínio completo de como será o resultado da foto.
1. Studio

Montei um pequeno cenário com fundo branco e utilizei um espelho e a lanterna do celular (1). Na segunda foto, o objeto está apenas em luz natural, não houve dificuldade em tirar a foto.
2. Luz natural

Na terceira, o objeto também está em luz natural, mas a foto foi tirada com flash. Na quarta, o objeto não recebe luz, mas como estava de dia, e apenas a janela fechada, ele ainda capta alguma luz. Na quinta, ele ainda está no escuro e a foto é tirada com flash.
3. Luz natural com flash
4. Sem luz e sem flash
5. Sem luz natural e com flash

Na sexta experiência, o objeto não recebe luz natural; a luz artificial se encontra à direita, o que gera sombra à esquerda, o mesmo aconteceria vice-versa. Na sétima, a luz artificial se encontra em frente ao objeto, gerando luz ao fundo (quanto mais se aproxima a luz, a sombra diminui, e se afastada, a sombra aumenta).

6. Luz artificial à direita
7. Luz artificial na frente

A oitava foto é tirada com luz artificial e com flash, nota-se ainda o reflexo mais fraco no fundo e o flash gera uma sombra à esquerda. Na nona foto não é usado luz natural e a luz artificial é refletida pelo espelho, que ilumina o objeto e também faz sombra ao fundo. A décima e última foto é tirada com o reflexo artificial pelo espelho e com flash, percebe-se que a foto ficou mais clara e nítida, pois as duas luzes se complementam.

8. Com luz artificial e flash
9. Luz artificial com reflexo de espelho
10. Com reflexo e flash

Antes de fazer a atividade, imaginei que teria muita dificuldade. Após fazer, tive dificuldade de selecionar as fotos, pois no desenvolvimento do trabalho percebi que haviam muitas probabilidades e combinações de se mudar uma foto através da sua iluminação.